quarta-feira, agosto 31, 2005

A montanha pariu um poeta

O homem até começou bem, determinado e seguro, naquela voz solene de bardo, a proclamar a República e a Democracia, incisivo nas críticas ao Partido Socialista e a Mário Soares. Parecia lançado.
Até que surgiu aquela palavra nefasta: “mas”. Quem se predispõe para a luta não utiliza tal conjunção, pensei. Pediu água, tossiu, gaguejou, entristeceram-se-lhes as feições e todo o porte de aristocrata se desfez. Não era aquilo que ele queria dizer, não era este o discurso que preparara. Foram as fraquezas de camarada.


Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?