quarta-feira, julho 06, 2005

Fernão de Magalhães: Para Além de Portugal

Apenas em meados do ano passado constatei que tinha sido lançado nos EUA uma nova biografia do português por quem sempre nutri maior admiração (mesclado de uma forte componente emocional): Fernão de Magalhães. O livro é da autoria do norte-americano Laurence Bergreen e apelida-se de "Over the Edge of the World: Magellan’s Terrifying Circumnavigation of the Globe”.

A minha profunda admiração por Magalhães advém não só da elevada importância de que se revestiram as suas acções, mas também de uma considerável empatia que sinto com a personalidade deste lusitano. E do facto, quer queiram, quer não, de ser o português mais conhecido de sempre, a nível internacional, embora muitos o identifiquem como espanhol. Nem quando Cavaco Silva declarou “Acho que este ponte se deveria chamar Vasco da Gama. Penso que seria um acto de justiça para com o grande navegador.”

O livro que foi lançado em hardback em Novembro de 2003 e em paperback cerca de um ano depois, reveste-se de uma enorme qualidade, quer a nível científico, que a nível literário e tem sido um notável best-seller por todo o mundo. O autor refez a viagem de Magalhães de modo a inteirar-se melhor de múltiplos aspectos da expedição, e a determinação para escrever esta livro adveio do simbolismo que Magalhães representa para muito astronautas da Nasa, que Bergreen divisou quando escrevia o livro ulterior sobre a exploração de Marte pela Nasa.

A Bertrand Editora lançou há dias a tradução deste livro :"Fernão de Magalhães: Para Além do Fim do Mundo". Foi uma forma de eu expiar esta editora do mega sucesso que tem vindo a ser obtido com as vendas dos livros do Dan Brown.

Pela minha indisponibilidade tempo, sobretudo no último ano, ainda só li alguns capítulos da versão original, e que muito me agradaram.

Recordo que já em 1938 Stefan Zweig escreveu Conqueror of the Seas: The Story of Magellan. Em 1977 W. D. Brownlee escreveu “The First Ships around the World” e em 1988 Richard Humble escreveu “The Voyage of Magellan”.

Não vou tecer considerações sobre a prodigiosa viagem de três anos, que aportou em Sevilha a 7 de Setembro de 1522. Precisamente três séculos antes da D. Pedro declarar no Ipiranga o Brasil independente. Outras bandeiras esvoaçaram ao vento deliberadamente nesses dias, sob vultos lusitanos. Apenas considero que a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, apesar da sua enorme importância económica, política e estratégica, a nível de contrariedades e obstáculos; foi um passeio comparada com a de Fernão de Magalhães.

Artigo similar na minha estreia, a ´postar´, no recente e bem-vindo fórum “leituramania”.


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