sexta-feira, fevereiro 18, 2005
Políticos
AVISO: Este post é politicamente incorrecto.
Nas últimas semanas, cheguei mais uma vez quase ao limite do que me é possível quando toca a aturar banalidades. Li vezes sem conta que o povo "sabe escolher", "não se deixa enganar", "vai separar o joio do trigo" e outras aberrações similares. Para quem tem andado noutros mundos que não este, deixem-me dizer uma coisa: o povo (seja lá o que isso for) não sabe escolher nem separar nada!!! Quantos mais Joões Jardins, Felgueiras, Avelinos, Berlusconis, Bushs serão necessários para provar isto à saciedade? Ainda querem mais? Vejam as sondagens de há um mês, revejam a campanha de Sócrates e comparem com as sondagens actuais.
Ainda muito mais irritante é quando oiço os meus colegas de trabalho, no café ou em qualquer outro sítio soltarem os já célebres provérbios: os políticos "são todos iguais", "são uns aldrabões" ou "só querem tacho". Quando ainda me resta alguma paciência, ignoro-os. Mas já dei comigo a perguntar a dois ou três "e o que é que pretendes fazer acerca disso?". Já imaginam que a resposta é ficarem especados a olhar para mim e não serem capazes de articular uma frase digna. Para quem não me conhece pessoalmente, afirmo que lido diariamente com professores, engenheiros, psicólogos, advogados; ou seja, pessoas com cursos superiores e profissões razoavelmente bem remuneradas. De todas elas ouvi semelhantes atrocidades.
Corrijam-me se estiver errado, mas não me consta que qualquer dos líderes dos principais partidos tenha visto a Quinta das Celebridades, ou os Morangos com Açúcar; tenha recebido o subsídio de desemprego sem estar desempregado, subsídio de doença sem estar doente ou o rendimento mínimo garantido sem ter a ele direito; tenha comprado um carro para uso próprio e descontado o seu valor no IRS; tenha declarado despesas que não fez; tenha utilizado atestados médicos fraudulentos para passar férias. Garanto-vos que conheço pessoas que fizeram tudo isto. Portanto, digo sem problemas: queria eu que nós todos tivéssemos o nível dos nossos políticos. Desejava eu ter o Jerónimo como colega de trabalho, o Santana como conversa de café, o Sócrates como vizinho ou o Louçã como professor. E tenho dito.
Nas últimas semanas, cheguei mais uma vez quase ao limite do que me é possível quando toca a aturar banalidades. Li vezes sem conta que o povo "sabe escolher", "não se deixa enganar", "vai separar o joio do trigo" e outras aberrações similares. Para quem tem andado noutros mundos que não este, deixem-me dizer uma coisa: o povo (seja lá o que isso for) não sabe escolher nem separar nada!!! Quantos mais Joões Jardins, Felgueiras, Avelinos, Berlusconis, Bushs serão necessários para provar isto à saciedade? Ainda querem mais? Vejam as sondagens de há um mês, revejam a campanha de Sócrates e comparem com as sondagens actuais.
Ainda muito mais irritante é quando oiço os meus colegas de trabalho, no café ou em qualquer outro sítio soltarem os já célebres provérbios: os políticos "são todos iguais", "são uns aldrabões" ou "só querem tacho". Quando ainda me resta alguma paciência, ignoro-os. Mas já dei comigo a perguntar a dois ou três "e o que é que pretendes fazer acerca disso?". Já imaginam que a resposta é ficarem especados a olhar para mim e não serem capazes de articular uma frase digna. Para quem não me conhece pessoalmente, afirmo que lido diariamente com professores, engenheiros, psicólogos, advogados; ou seja, pessoas com cursos superiores e profissões razoavelmente bem remuneradas. De todas elas ouvi semelhantes atrocidades.
Corrijam-me se estiver errado, mas não me consta que qualquer dos líderes dos principais partidos tenha visto a Quinta das Celebridades, ou os Morangos com Açúcar; tenha recebido o subsídio de desemprego sem estar desempregado, subsídio de doença sem estar doente ou o rendimento mínimo garantido sem ter a ele direito; tenha comprado um carro para uso próprio e descontado o seu valor no IRS; tenha declarado despesas que não fez; tenha utilizado atestados médicos fraudulentos para passar férias. Garanto-vos que conheço pessoas que fizeram tudo isto. Portanto, digo sem problemas: queria eu que nós todos tivéssemos o nível dos nossos políticos. Desejava eu ter o Jerónimo como colega de trabalho, o Santana como conversa de café, o Sócrates como vizinho ou o Louçã como professor. E tenho dito.
Comments:
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sobre a capacidade de escolha do povo, estamos conversados. mas não há nelhor modo de eleger os nossos governantes.
quanto ao nível dos políticos, tens que fazer aí uma separação. uma coisa são os políticos de elite, outra a multidão que se alimenta do que a política oferece. tu próprio deste o exemplo de gente insuportável (Jão Jardim, Avelino), mas podes acrescentar inúmeras pessoas, a começar por quase todos os autarcas deste país.
quanto ao nível dos políticos, tens que fazer aí uma separação. uma coisa são os políticos de elite, outra a multidão que se alimenta do que a política oferece. tu próprio deste o exemplo de gente insuportável (Jão Jardim, Avelino), mas podes acrescentar inúmeras pessoas, a começar por quase todos os autarcas deste país.
eu também acho q são tudo malta fixe... da pesada... sem eles, não existiria a caricatura q faz de portugal o país das mil e uma anedotas :)
Caríssimo,
Então a conclusão a que chega é igual a minha... temos os políticos que merecemos. Se queremos melhor, temos de começar por nos melhorar enquanto cidadãos.
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Então a conclusão a que chega é igual a minha... temos os políticos que merecemos. Se queremos melhor, temos de começar por nos melhorar enquanto cidadãos.
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