quinta-feira, novembro 11, 2004

Edifício Círculo Católico Operários

O poder autárquico representa o que de pior existe na política portuguesa. Sem a pressão que os media exercem sobre os órgãos centrais, e tendo a oportunidade de se perpetuar no poder por dezenas de anos, os edis camarários deixam-se envolver pela corrupção, governando com prepotência e nepotismo. O presidente da câmara de Vila do Conde, Mário de Almeida, até não é mau de todo, já que, apesar dos inúmeros defeitos que tem, consegue ter algumas virtudes - sobretudo ao nível das preocupações urbanísticas -, o que não deixa de ser digno de registo no universo autárquico. Vila do Conde é de longe a cidade mais bonita do distrito do Porto (exceptuando a própria cidade do Porto) e a única que se conseguiu proteger desta corrida desenfreada e caótica à construção vertical. Tirando este facto, Mário de Almeida revela todos os vícios de quem está no poder há cerca de vinte anos, passando por cima de tudo e de todos e cortando cerce qualquer manifestação de oposição. Além disso, o voto popular deixa-o em tal situação de impunidade que não tem problemas em tomar as medidas mais controversas possíveis. Uma delas foi a destruição, há uns anos, sem contemplações nem discussão pública, do antigo edifício do Círculo Católico Operários, classificado como monumento nacional pelo IPA. O Vila do Conde Quasi Diário recuperou este tema, colocando este post para que todos os vilacondenses possam fazer o seu julgamento.

Comments:
obrigado pela difusa referência... é realmente difusa, pesando o facto de Mário Almeida estar à 32 e não 20 anos à frente da CMVC... :)
 
Realmente esteve bem mais de 20 anos, mas 32 anos parecem-me de mais, tendo em conta que o 25 de Abril se deu há 30 anos e que antes do Mário Almeida ainda esteve no poder Fernando Gomes.

Mário Azevedo
 
Vila do Conde por enqt será a cidade que patenteia > harmonia na AMP, mas n podemos esquecer que foi a par da Póvoa e Espinho(nos antípodas) a que menos pressão urbanística tem sofrido, pelo seu carácter + periférico na AMP, sem deslembrar por outro lado as condições naturais (topografia/relevo, hidrografia,...) quer a ´natural´ evolução, deveras paulatina e faseada, das actividades económicas que concorreram para uma repartição espacial e territorial regradamente equilibradas...

carago!... mas temas politicos... longe, longe... vai de retro satanás!!...
 
Concordo plenamente, mas isso não invalida que o presidente tenha feito um esforço para preservar o município de atropelos urbanísticos (sobretudo no centro). O mesmo não se pode dizer de Fernando Gomes, que nos poucos anos que este à frente da autarquia nos deixou um mamarracho junto à feira.
 
esqueci-me de assinar o comentário das 10.32 h.
desculpem.

Fernando Vilarinho
 
O Círculo foi deitado abaixo com a anuência da sua própria direcção. Isso sim, é de pasmar. Ora trocamos um monumento lindo por uma porcaria de uma arrecadação, e claro, alguns dos directores são capazes também de estar a viver nas alamedas e a gozar de alguns descontos na factura mensal...
E ao lado do Círculo havia uma casa rosa linda. Muitas vezes sonhei lá viver. Que bom, estamos a estregar Vila do Conde, finalmente se nota, porque vom tanta casa bonita é difícil acreditar na tirania que vai dentro delas. Sim, da Câmara, com esse tirano de horrível trato a desmandar e a enriquecer à força toda. Muito bem, somos uma cidade contemporânea, temos um autarca foleiro, se calhar como merecemos.
 
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