sexta-feira, outubro 22, 2004

Jesus Christ Superstar

Estava eu ainda em Moçambique, andava por volta dos 7 anos, quando a um irmão meu ofereceram – penso que um professor - o disco «Jesus Christ Superstar». Desde então, de tanto o ouvir em casa, este disco tornou-se um dos meus favoritos, daqueles que se gosta de uma ponta a outra e que se conhece de cor e salteado. Canções como «I don’t know how to love him», cantada por uma Maria Madalena apaixonada, «King’s Herodes song», ou «Pilate’s Dream», foram ouvidas até à exaustão.
Depois os gostos evoluíram muito e o disco foi ficando cada vez mais esquecido nas estantes, embora de longe a longe recuperado por nostalgia. Com o surgimento dos CD, e a consequente substituição dos aparelhos de leitura, «Jesus Christ Superstar», em formato vinil, foi praticamente abandonado.
O curioso neste disco de infância é que, embora já não o oiça há muito, nunca consigo deixar de gostar, tendo dificuldade em saber se é porque o disco é mesmo bom ou porque as músicas me estão totalmente entranhadas no sangue.
Ontem, quando vinha a sair do Porto pelas Antas, e reparei num cartaz a publicitar uma nova encenação do musical «Jesus Christ Superstar» no Porto, não pude deixar de sentir uma enorme vontade de pegar no disco e ouvi-lo pela enésima vez.

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