terça-feira, outubro 12, 2004
Kusturica: muita farra, pouca uva
Ontem fui ver o último filme do Kusturica, «A vida é um milagre». Com um pé atrás, já que «Gato preto, gato branco» desapontara-me muito.
Os piores receios confirmaram-se. Se é certo que «A vida é um milagre» é um filme à Kusturica, com muita música, muita festa, personagens burlescas em constante algazarra - num ambiente simultaneamente caótico e bizarro de guerra, onde as situações confusas e de humor se sucedem -, a verdade é que não traz nada de novo e sobretudo revela-se completamente vazio de conteúdo, com uma história banal de amor. Pior, muitas das cenas de humor não têm piada nenhuma e são excessivamente infantis, já que o realizador abusa do atabalhoamento das personagens.
O melhor do filme são os carros em cima dos carris a atravessar a aldeia, o jogo de futebol e o rebuliço do carteiro na sala onde a orquestra da aldeia tocava, preocupado em dar a notícia da morte de um aldeão - a lembrar muito os filmes de Jacques Tati.
Em resumo, muita farra, pouca uva.
Os piores receios confirmaram-se. Se é certo que «A vida é um milagre» é um filme à Kusturica, com muita música, muita festa, personagens burlescas em constante algazarra - num ambiente simultaneamente caótico e bizarro de guerra, onde as situações confusas e de humor se sucedem -, a verdade é que não traz nada de novo e sobretudo revela-se completamente vazio de conteúdo, com uma história banal de amor. Pior, muitas das cenas de humor não têm piada nenhuma e são excessivamente infantis, já que o realizador abusa do atabalhoamento das personagens.
O melhor do filme são os carros em cima dos carris a atravessar a aldeia, o jogo de futebol e o rebuliço do carteiro na sala onde a orquestra da aldeia tocava, preocupado em dar a notícia da morte de um aldeão - a lembrar muito os filmes de Jacques Tati.
Em resumo, muita farra, pouca uva.