segunda-feira, maio 30, 2005
O mérito de Campos e Cunha
Campos e Cunha afirma que "é preciso criar uma cultura de meritocracia na Administração Pública".
Daquilo que sei, posso também afirmar que para impor uma organização meritocrática são necessárias 3 condições: formação contínua e eficaz dos funcionários; boas condições de trabalho; uma avaliação realista e voltada para o melhoramento da qualidade do trabalho.
As três são caras, podemos mesmo dizer muito caras. Os governos têm apostado em reformas a custo zero. Mas para estabelecer o critério do mérito é preciso investir, e muito, sem resultados visíveis a curto prazo. Como é que vão descalçar essa bota?
Daquilo que sei, posso também afirmar que para impor uma organização meritocrática são necessárias 3 condições: formação contínua e eficaz dos funcionários; boas condições de trabalho; uma avaliação realista e voltada para o melhoramento da qualidade do trabalho.
As três são caras, podemos mesmo dizer muito caras. Os governos têm apostado em reformas a custo zero. Mas para estabelecer o critério do mérito é preciso investir, e muito, sem resultados visíveis a curto prazo. Como é que vão descalçar essa bota?
Comments:
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Dizes que para estabelecer o critério do mérito é preciso investir muito. Sabendo nós que não há dinheiro, no fundo estás a defender que não é possível alterar a situação actual.
Agora, eu não percebo como é que para se saber se um funcionário é bom ou mau é preciso gastar dinheiro. Eu não preciso de dinheiro para saber quem é que ao meu lado é competente e trabalhador.
Sinceramente Alexandre, eu acho que há uma tendência dos funcionário públicos para dizer que as coisas são muito complicadas para que se não faça nada.
Agora, eu não percebo como é que para se saber se um funcionário é bom ou mau é preciso gastar dinheiro. Eu não preciso de dinheiro para saber quem é que ao meu lado é competente e trabalhador.
Sinceramente Alexandre, eu acho que há uma tendência dos funcionário públicos para dizer que as coisas são muito complicadas para que se não faça nada.
Devo dizer que não acredito na avaliação pelos pares, já que ninguém neste país de compinchas quer estragar a vidinha ao gajo do lado.
Conheço um médico director de serviço que foi muito criticado quando fazia avaliações negativas. Hoje em dia faz "copy/paste" de avaliações medianas cada vez que se refere a funcionários abaixo da mádia...
Conheço um médico director de serviço que foi muito criticado quando fazia avaliações negativas. Hoje em dia faz "copy/paste" de avaliações medianas cada vez que se refere a funcionários abaixo da mádia...
Mas não há volta a dar. Tem de ser este o caminho - responsabilizar as chefias. Já sei que vai criar situações de injustiça, de compadrio, etc., etc. Só que a única alternativa que temos é a criação de um sistema central de avaliação, que, para além de ser caríssimo, provocaria um aumento desmesurado da burocracia (basta olhar para o que se passa nas escolas, onde os professores parece que perdem mais tempo a preencher papelada do que a ensinar).
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