quarta-feira, abril 13, 2005
Aichi 2005 - A sabedoria do Japão.
As exposições mundiais pretendem antes de tudo engrandecer o respectivo país organizador. Desde a última década, os sempre simpáticos temas escolhidos, por parte destas, giram todos à volta do desenvolvimento sustentável, da conciliação entre o crescimento tecnológico e o equilíbrio ambiental (Lisboa - Oceanos: Um Patrimônio Para O Futuro, Hannover - Humanidade, Natureza e Tecnologia). A exposição deste ano de Aichi (próximo de Nagoya), no Japão, não foge à regra com o tema “A Sabedoria da Natureza”. A exposição decorre de 25/03 a 25/09 (185 dias) e 121 países estarão presentes, incluindo Portugal (dos poucos que não tem web site do evento, já que parece que todo o dinheiro foi desviado para a Casa da Música).
A exposição vai ser uma montra das últimas novidades tecnológicas do Japão: robôs com mais capacidades que muitos políticos portugueses, transportes ultra-sofisticados e ecológicos, (tele)comunicações da última geração, simulações virtuais futuristas, centenas de espectáculos, exposições, concertos, conferências, etc.
O logo da exposição e as mascotes podiam desde logo afastar qualquer um, mas os japoneses não foram inocentes como os lusos antevendo grande adesão no início (o que na Expo98 reverteu no contrário e quebrou o entusiasmo inicial), e se obviamente não se intenta atingir os quase 50 milhões de visitantes de Osaka1970, nem os 36 milhões de Hannover2000, são previstos uns bons 15 milhões (a Expo98 teve 7, 7 milhões). Pelas últimas informações a adesão tem sido exactamente a esperada, nem mais nem menos (no Japão, o que se esperava?).
35 anos volvidos (1970) após a primeira exposição mundial no Japão, em Osaka, que teve em vista mostrar o novo Japão ao mundo, a exposição de 2005 afigura-se como um dos móbiles para superar decisivamente a crise persistente na última dezena de anos e mostrar a moderna postura do Japão no dealbar do novo milénio. O Japão, uma nação parca em recursos naturais, tem apostado cada vez mais em tecnologia de reduzidos consumos energéticos e de feição ecológica, em aparelhos e veículos cada vez mais automatizados (automóveis e autocarros sem condutores, robots industriais,…), tecnologia multimédia e telecomunicações de ponta, e quer (de)mo(n)strar ao mundo que inflectiu de vez relativamente aos modelos económicos tradicionais, o que lamentavelmente não assume correspondência no outro lado do Pacífico, dos xerifes texanos.
Os preços dos bilhetes são bastante acessíveis, tendo em vista o nível de vida japonês. Uma entrada/dia fica por 33 € , e para toda a exposição são 122 €. O vídeo de divulgação e os panfletos são atractivos mostruários da exposição.
Pela consulta (na Net) de programas para visita desta exposição, de agências lusas de viagens, elegeria a de maior custo, a Abreu, mas talvez a única lusa que dê suficiente confiança para uma viagem desta envergadura. Uma viagem de sete dias, por cerca de 2 300 euros por pessoa, visitando a exposição e também muitos outros locais interessantes no Japão.
Quem me dera ter um carro, que não precisa-se de conduzir (GPS)...era de mais!
A 1ª foto é de mais. Onde foste arranjar?
Tudo de BOM,
fp 13/4
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