sexta-feira, janeiro 14, 2005
Contraditório
Confesso que até senti um aperto no coração ao ler o último post do Mário. Se o PCP e o BE só forem opções se alinharem com as políticas do PS, então não vale a pena irem a votos.
Não compreendo o argumento da "vitória da esquerda". Para explicar claramente a minha posição não chega um post (teria de escrever um manifesto), mas é para mim claro que o PS afastou-se tanto das orientações ideológicas que regem os partidos ditos "de esquerda", que não percebo como poderiam o PCP ou o BE aceitar uma coligação. Seria no mínimo enganar quem neles votou.
Assumindo os dois troncos pelos quais alinham as forças políticas inseridas no nosso sistema capitalista (defesa do neo-liberalismo e defesa do estado-providência), o PSD enquadra-se claramente no primeiro, o PCP e o BE no segundo, o PP não quer estar em lado nenhum, e o PS actual, ninguém sabe.
Esta falta de definição, que tanto apoia incondicionalmente o modelo de desenvolvimento emanado de Bruxelas como defende o sistema de saúde estatal, é o que afasta as pessoas que são ideologicamente, e não circunstancialmente, de esquerda.
Para mim, o PS actual só é opção para três tipos de eleitores: os que votam PS porque votam PS; os que navegam ao sabor das politiquices de ocasião, e estão chateados com o governo; e aqueles, como o Mário, que não acreditam na mudança de rumo de Portugal, da Europa e do Mundo, e escolhem o menos pior.
Não compreendo o argumento da "vitória da esquerda". Para explicar claramente a minha posição não chega um post (teria de escrever um manifesto), mas é para mim claro que o PS afastou-se tanto das orientações ideológicas que regem os partidos ditos "de esquerda", que não percebo como poderiam o PCP ou o BE aceitar uma coligação. Seria no mínimo enganar quem neles votou.
Assumindo os dois troncos pelos quais alinham as forças políticas inseridas no nosso sistema capitalista (defesa do neo-liberalismo e defesa do estado-providência), o PSD enquadra-se claramente no primeiro, o PCP e o BE no segundo, o PP não quer estar em lado nenhum, e o PS actual, ninguém sabe.
Esta falta de definição, que tanto apoia incondicionalmente o modelo de desenvolvimento emanado de Bruxelas como defende o sistema de saúde estatal, é o que afasta as pessoas que são ideologicamente, e não circunstancialmente, de esquerda.
Para mim, o PS actual só é opção para três tipos de eleitores: os que votam PS porque votam PS; os que navegam ao sabor das politiquices de ocasião, e estão chateados com o governo; e aqueles, como o Mário, que não acreditam na mudança de rumo de Portugal, da Europa e do Mundo, e escolhem o menos pior.
Comments:
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Muito bem! Gostei de ler o TEU post. Pois, o Mário Já NÃO acredita em "mudanças", em ideologias. Já perdeu o "rumo". E votar no menos mau..é a PIOR escolha! Vejam o caso dos beneficios fiscais....(socrates)
fp 15-01
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fp 15-01
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