quinta-feira, fevereiro 03, 2005
Abrupto
Transcrevo o que Pacheco Pereira escreveu na edição de hoje do Público: "Bloco de esquerda - O interessante é ver como nas sondagens o BE recebe as intenções de voto dos bairros mais ricos das cidades. Não admira para quem conheça a sua "composição social", como se dizia no passado, assim como o conteúdo das suas propostas. O BE é, com o PP, um partido de gente que está bem na vida e dos seus filhos."
Portanto, o facto do BE ter melhores resultados nos centros urbanos (ou nos bairros 'ricos') não se deve, porventura, ao facto de as populações de classe média e media alta terem melhor nível académico e cultural, mais e melhores maneiras de conhecer as propostas dos partidos (e não só as pessoas), nem ao acompanhamento mais próximo da vida política, o que permite, naturalmente, maior diversidade de opiniões e escolhas de voto. Não, não é nada disso. Simplesmente o BE é um partido para os 'mais ricos'.
Na verdade, a opinião de Pacheco Pereira não me incomoda. Incomoda-me, e muito, é que ainda haja quem o considere uma pessoa séria.
Portanto, o facto do BE ter melhores resultados nos centros urbanos (ou nos bairros 'ricos') não se deve, porventura, ao facto de as populações de classe média e media alta terem melhor nível académico e cultural, mais e melhores maneiras de conhecer as propostas dos partidos (e não só as pessoas), nem ao acompanhamento mais próximo da vida política, o que permite, naturalmente, maior diversidade de opiniões e escolhas de voto. Não, não é nada disso. Simplesmente o BE é um partido para os 'mais ricos'.
Na verdade, a opinião de Pacheco Pereira não me incomoda. Incomoda-me, e muito, é que ainda haja quem o considere uma pessoa séria.