terça-feira, dezembro 07, 2004
A fraude do século?
Nem sei bem porque me dou ao trabalho de falar sobre isto. Há uns dias enviaram-me por mail o link de um site brasileiro chamado A Fraude do Século, que apresenta um conjunto de pretensas provas de que a transmissão da chegada do homem à Lua foi uma montagem. Problemas como a diversidade da direcção das sombras, a desproporcionalidade do tamanho da terra, o aparecimento da penumbra na roupa dos astronautas (inconcebível pela inexistência de atmosfera), a agitação da bandeira dos EUA pelo vento (ausente na Lua), ou ainda as pegadas impossíveis por falta de humidade, aparecem como evidências dessa montagem.
Admito que fiquei um pouco confuso. Sobretudo porque não tenho conhecimentos técnicos que me possibilitem ter opinião segura sobre o assunto. Contudo, nestas questões tendo a acreditar no poder crítico da ciência. As grandes descobertas e conquistas científico-tecnológicas passam sempre por um processo de averiguação muito apertado que torna quase impossível elaborar embustes impunemente. A questão é esta: se as provas são assim tão irrefutáveis - se fosse tão claro que na Lua não é possível formarem-se pegadas, que as bandeiras se agitem, ou ainda que haja penumbra - como é que a fraude ainda não foi desmascarada pela comunidade científica, a mais exigente e competitiva das comunidades? A que nos permitiu os avanços mais extraordinários nos últimos duzentos anos?
Mas há ainda outras questões: os americanos serão assim tão estúpidos para nos montar uma ida à Lua cheia de problemas técnicos? Nem nos seus filmes de série B. Os soviéticos seriam assim tão ingénuos, para “comer” qualquer aldrabice americana?
Admito que fiquei um pouco confuso. Sobretudo porque não tenho conhecimentos técnicos que me possibilitem ter opinião segura sobre o assunto. Contudo, nestas questões tendo a acreditar no poder crítico da ciência. As grandes descobertas e conquistas científico-tecnológicas passam sempre por um processo de averiguação muito apertado que torna quase impossível elaborar embustes impunemente. A questão é esta: se as provas são assim tão irrefutáveis - se fosse tão claro que na Lua não é possível formarem-se pegadas, que as bandeiras se agitem, ou ainda que haja penumbra - como é que a fraude ainda não foi desmascarada pela comunidade científica, a mais exigente e competitiva das comunidades? A que nos permitiu os avanços mais extraordinários nos últimos duzentos anos?
Mas há ainda outras questões: os americanos serão assim tão estúpidos para nos montar uma ida à Lua cheia de problemas técnicos? Nem nos seus filmes de série B. Os soviéticos seriam assim tão ingénuos, para “comer” qualquer aldrabice americana?